segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Sobre a mediocridade


















    

Obtive muitíssimas informações sobre a vida, sobre os outros, sobre um mundo novo já visto por muitos e recém descoberto por mim. E esse mundo que se me apresentou o fez de modo tão rápido, em pouco tempo tudo veio à tona, eu perdi um pouco da noção da minha antiga e medíocre realidade. Perdi por razão das circunstâncias e perdi por própria opção. Foi a perda mais fácil de todas. É, talvez não.

Percebo que, depois de todos esses momentos de múltiplas descobertas, muito se foi e resquícios de mediocridade insistem em querer aparecer. Eu não quero. Quero a minha vida cheia de novidades, novidades compartilhadas, boas tribulações, gente nova e gente interessante ao meu redor. Gente ácida suficiente para corroer toda a massa incólume de mediocridade, porém doce o suficiente para me fazer gostar e reconhecer que se compensa estar vivo, e reconhecer isso pautado em uma felicidade plena e cintilante, e poder ver que já não é tão necessário se prender a sonhos, pois a realidade é grandiosamente boa.

É o que eu quero, livrar-me de qualquer chama de mediocridade que se acende e se ascende. A mediocridade mantém com algumas circunstâncias e algumas pessoas a mesma relação que o fogo mantém com o ar. Cortar, pois, circunstâncias ruins e pessoas perniciosas é o que apaga e impede o incêndio da mediocridade. Combater uma fagulha de mediocridade recém-acesa talvez seja mais fácil que combater uma queimada vil. Contudo e felizmente contudo, é possível que venha uma chuva torrencial de boas novidades e pessoas interessantes. Após isso, todo o incêndio se finda e as águas da torrente se infiltram no solo do ser, antes maltratado, seco e infrutífero; agora novo e vivo.

Há possibilidades, a qualquer momento a chuva vem. Enquanto isso, agarrar-se a extintores e hidrantes, como os bons amigos e como as boas atividades, talvez seja o mais sensato e o mais efetivo no combate das fagulhas de mediocridade que insistem disciplinadas e previsíveis em querer reaparecer.

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